"Bem-vindos ao nosso blog de doenças psíquicas extremamente fortes e irremediavelmente incuráveis. Apresento-vos o meu amigo pinguim flatulento, e o meu amigo das piadas sádicas... Mas como as piadas são taaaaaão sádicas, temos de limitar o conteúdo a uma por semana para evitar ataques de pânico. Divirtam-se." por Munchausen

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Musicas - VI

Pedimos desde já desculpa pela inactividade neste blog, mas prometemos que a Teresinha que o pai natal nos vai trazer nos vai dar força anímica para uma nova leva de parvoice.

Vozes Femininas

Fallen - Sarah McLachlan


Talulah Gosh - Talulah Gosh


Orinoco Flow - Enya

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

João Sem Medo pensou...:

"João sem Medo sorriu. Sorriu e pensou: - "Nestas histórias de princesas o enredo nunca varia. A princesa foge (ou é arrebatada pelos monstros, ou entristece, ou bebe algum elixir de Morte Provisória), o pai aflige-se, promete mundos e fundos a quem a desencantar e, no último acto, eis que irrompe em apoteose o Cavaleiro Eleito que a salva e casa com ela. É infalível."
José Gomes Ferreira - "As aventuras de João Sem Medo"
Obviamente que este João sem Medo nunca conheçou as minhas histórias de princesas... veria que estas seriam ligeiramente diferentes e mais bonitas. Ao pensar nisto ele esqueceu-se de referir as qualidades e dons das princesas... Coisa que eu nunca esqueço!
Será que as princesas que entristecem, nas histórias dele, é porque os terriveis monstros que as arrebatam não as deixam cantar? Ou é porque não as deixam colher flores e passear pelo castelo assombrado? Ou pior, será que não as deixam limpar? Esta parte era muito importante que fosse referida...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Morrer a tempo...

"Uns morrem tarde demais, e alguns morrem demasiado cedo. O preceito: "Morre a tempo!" ainda nos é estranho.
Morre a tempo; tal é o conselho de Zaratustra. Mas como poderá morrer a tempo aquele que nunca viveu a tempo?"

Nietzsche - "Da Morte Voluntária" in Assim Falava Zaratustra

Musicas

Um dos artistas do momento para mim e para o Rett


Ayê!!! Festa!


A canção do Sexo

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Porque a morte é fodida:

"Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto aqui que calculas...
Muito mais morto aqui do que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...

Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da Tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...

Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste:
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti."

Álvaro de Campos

(e nós amavamos-te)

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Bebés (numero tal)

Saudações caros leitores. Ou devo dizer caro leitor...? Adiante, eu sei que nao tenho públicado nada e que andam muito tristes com isso (ou andas) mas a minha vida tem sido um trinta e um... nao sei porque é que tem de ser trinta e um, mas se quiserem pode ser um oitenta e oito tanto me faz. A verdade é que tem andado mesmo um pouco estranha, fiz anos... e isso (e ja me davam os parabéns) e até ia sendo devorado e estrangolado pelos terriveis braços demoniacos da árvore do mal que esta em frente da escola de natação Aminata. É verdade, pensei por instantes que ia daquela para melhor, mas não fui, porque ainda aqui estou a escrever este post. Quer dizer, agora que o estas a ler ja nao estou a escrever, é porque ja está públicado.
Mas o importante é que estou vivo e de plena saúde, e apto para contemplar a rapariga mais bonita de todos os tempos, que não vou dizer quem é. Foi só para dizer que há alguem mais bonito que tu! E agora vamos ao que importa, hoje vai ser um especial de bébés mortos, preparem-se...



O que é mais nojento que um caixote do lixo cheio de porcaria?



Um caixote do lixo cheio de bebés mortos.

E o que é mais nojento que isso?





Um deles ainda estar vivo.

E o que é mais nojento que isso?






Esse bebé ter que comer os outros para sobreviver.

E o que é mais nojento que isso?





É esse bebé pedir mais no final da refeição.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Musicas

Devido a eu ter passado esta ultima semana a desejar ver o filme Control de Anton Corbijn, sobre esta magnifica banda: JOY DIVISION

Transmission


Love Will Tear Us Apart


Atmosphere

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

A vida é Injusta

Há alturas em que gostava de ter nascido nos Estados Unidos por volta de 1950. Teria 19 por alturas de Woodstock e teria vivido toda aquela magnifica fase de musica, primeiro com Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jefferson Airplane, The Doors, Santana, The Who. Gostava de ter vivido em Inglaterra até nos anos 70 e 80, apanhando aquela fase dos Pink Floyd, Joy Division, The Cure, New Order, James, The Jesus and Mary Chain, com alguns saltos até aos EUA para ver Sonic Youth a começar, ir a locais obscuros ver bandas com nomes esquisitos, como Red Hot Chili Peppers, The Flaming Lips e Pixies. Acabaria por me estabelecer em Seattle no verão de 1987 e veria o desenvolvimento do Grunge - aliás, só podia, depois daquele puto estúpido loiro da porta ao lado mais o amigo gigante me acordarem todos os dias com uma banda cujo nome contradizia com o que eles me faziam sentir (que era irritação - Nirvana, que raio de nome é esse para uma banda!?) - e depois do seu declinio, o aparecer de novas bandas como Pearl Jam, Blind Melon, Soundgarden, R.E.M. e Nine Inch Nails.
Em 1993, seria então convidado para estar de regresso a Inglaterra, onde novos sons se começavam a levantar. The Cranberries, Blur, Oasis, Ocean Colour Scene, The Verve, Manic Street Preachers, Travis, Cornershop, apesar de ainda continuar a visitar os Estados Unidos para ouvir coisas muito boas que se começavam a expor: Mazzy Star, The Offspring, Greenday, Beck, The Smashing Pumpkins, Jeff Buckley.
Calhou estar em Reykjavik de férias em 1994 e ter apanhado uma valente gastroenterite. Ao entrar no Hospital, não aguentei o vómito e vomitei em cima de Jón, que acompanhava a sua mãe e a sua nova irmã Sigurrós a casa, depois de sairem da maternidade.
Mudar-me-ia definitivamente para os EUA depois de, um dia em que ouvi OK Computer dos Radiohead até de madrugada, ao ligar a televisão, ver um homem de fato azul-acinzentado, apenas com uma guitarra, a enfrentar toda uma plateia cheia de estrelas no Kodak Theatre em Los Angeles. Acabaria por conhecer o Steven Paul tão bem, que o acompanharia nas suas gravações do album XO. Continuaria a ouvir as antigas bandas que ainda davam cartas e outras que se revelavam: The Strokes, Interpol, Moby, Placebo, A Perfect Circle, The White Stripes.
Com a morte do Steven Paul, mudei-me para o Canadá, onde sou vizinho de um casal muito simpático. Chamam-se Win e Régine e têm a casa sempre cheia de amigos, uma das quais, a Sarah, tem um fraquinho por mim. Continuo ainda a ouvir coisas magnificas, como Sufjan Stevens, Arctic Monkeys, The View, mas a música nunca mais atingiu os niveis de antigamente.
Vivi isto tudo no periodo que ia dos meus 19 aos meus 27. Espero morrer agora, como os músicos.