"Bem-vindos ao nosso blog de doenças psíquicas extremamente fortes e irremediavelmente incuráveis. Apresento-vos o meu amigo pinguim flatulento, e o meu amigo das piadas sádicas... Mas como as piadas são taaaaaão sádicas, temos de limitar o conteúdo a uma por semana para evitar ataques de pânico. Divirtam-se." por Munchausen

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

A vida é Injusta

Há alturas em que gostava de ter nascido nos Estados Unidos por volta de 1950. Teria 19 por alturas de Woodstock e teria vivido toda aquela magnifica fase de musica, primeiro com Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jefferson Airplane, The Doors, Santana, The Who. Gostava de ter vivido em Inglaterra até nos anos 70 e 80, apanhando aquela fase dos Pink Floyd, Joy Division, The Cure, New Order, James, The Jesus and Mary Chain, com alguns saltos até aos EUA para ver Sonic Youth a começar, ir a locais obscuros ver bandas com nomes esquisitos, como Red Hot Chili Peppers, The Flaming Lips e Pixies. Acabaria por me estabelecer em Seattle no verão de 1987 e veria o desenvolvimento do Grunge - aliás, só podia, depois daquele puto estúpido loiro da porta ao lado mais o amigo gigante me acordarem todos os dias com uma banda cujo nome contradizia com o que eles me faziam sentir (que era irritação - Nirvana, que raio de nome é esse para uma banda!?) - e depois do seu declinio, o aparecer de novas bandas como Pearl Jam, Blind Melon, Soundgarden, R.E.M. e Nine Inch Nails.
Em 1993, seria então convidado para estar de regresso a Inglaterra, onde novos sons se começavam a levantar. The Cranberries, Blur, Oasis, Ocean Colour Scene, The Verve, Manic Street Preachers, Travis, Cornershop, apesar de ainda continuar a visitar os Estados Unidos para ouvir coisas muito boas que se começavam a expor: Mazzy Star, The Offspring, Greenday, Beck, The Smashing Pumpkins, Jeff Buckley.
Calhou estar em Reykjavik de férias em 1994 e ter apanhado uma valente gastroenterite. Ao entrar no Hospital, não aguentei o vómito e vomitei em cima de Jón, que acompanhava a sua mãe e a sua nova irmã Sigurrós a casa, depois de sairem da maternidade.
Mudar-me-ia definitivamente para os EUA depois de, um dia em que ouvi OK Computer dos Radiohead até de madrugada, ao ligar a televisão, ver um homem de fato azul-acinzentado, apenas com uma guitarra, a enfrentar toda uma plateia cheia de estrelas no Kodak Theatre em Los Angeles. Acabaria por conhecer o Steven Paul tão bem, que o acompanharia nas suas gravações do album XO. Continuaria a ouvir as antigas bandas que ainda davam cartas e outras que se revelavam: The Strokes, Interpol, Moby, Placebo, A Perfect Circle, The White Stripes.
Com a morte do Steven Paul, mudei-me para o Canadá, onde sou vizinho de um casal muito simpático. Chamam-se Win e Régine e têm a casa sempre cheia de amigos, uma das quais, a Sarah, tem um fraquinho por mim. Continuo ainda a ouvir coisas magnificas, como Sufjan Stevens, Arctic Monkeys, The View, mas a música nunca mais atingiu os niveis de antigamente.
Vivi isto tudo no periodo que ia dos meus 19 aos meus 27. Espero morrer agora, como os músicos.

1 comentário:

Anónimo disse...

haaaaaaaaaaaaaaaaaaaa........
Tambem eu....